domingo, 23 de janeiro de 2011

AMARGURADA


O sol já não passa mais à minha porta,
A lua já deixou de clarear,
As estrelas são raios de luz morta
Querem no escuro me deixar.

É tão triste viver na escuridão,
Em pisos de incerteza caminhar,
Mas anima – me a vaga sensação
De uma luz ao fundo a piscar.

A tristeza tenho por companheira
No longo caminhar da minha vida,
Por momentos sai da minha beira
Logo regressa minha´alma dorida.

Cala – me a vida uma espada de dor
No mais fundo da minha alma cravada
Já não conheço do sol o alvor
 Não desponta em mim a madrugada. 

            Em densas trevas vivo envolvida
Meu caminho é lento e aflito
P’rá minha dor não encontro saída,
Oculta-se em meu peito enorme grito

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