sábado, 13 de novembro de 2021
quarta-feira, 29 de setembro de 2021
A MAGIA DO MAR
Esta noite tive um sonho
Tão alegre tão risonho
Que até me fez delirar
Sentada à beira-mar
Vendo as ondas flutuar.
O mar em mim reparou
De repente se aproximou
Para um banho me ofertar
Logo a mim se abraçou
E consigo me levou
Não deu para reclamar.
O mar eu acompanhei
Com que coragem não sei
E foi um tal deslizar
Quando nós os dois paramos
Estava em alto mar.
Entre o mar e o rochedo
Confesso que tive medo
De me poder afundar
Quando o fundo ele me mostrou
Todo o medo evaporou
Era mesmo de encantar
O fundo é um jardim
Parece que não tem fim
com flores especiais
Não tem cravos nem tem rosas
Mas tem pétalas formosas
Que nos parecem cristais
Lindo sonho de magia
De encanto e alegria
Que ali eu contemplei
E que boa energia
Dentro de mim eu sentia
Quando a terra cheguei.
Quando o sonho terminou
´Tudo se modificou
Deixou-me tão perturbada
pois tão triste eu fiquei
Quando só me encontrei
Na minha cama deitada,
sábado, 25 de setembro de 2021
ROSAS DE OUTONO
Minhas rosas de Outono
Perfumando meu jardim
São um bonito adorno
Que fazem parte de mim.
Perde-se na vida uma folha
Ganha-se uma delicada flor
Nesta estação que molha
A semente que flui o amor.
Árvore despida no Outono
Nada fica sempre igual
São braços ao abandono
Como se for na vida real.
Fica uma beleza diferente
Como o sorriso da velhice
A criança um sorriso atraente
Que faz parte da parte meninice.
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
SER POETA...
Há quem julgue q, o poeta
É pessoa exibida
Quantas vezes ele nasce
Duma ilusão perdida
Por de traz de um poeta
A uma vida sofrida.
Perguntei a um poeta
Que lindas quadras fazia
Onde havia descoberto
Tamanha sabedoria
Penso eu que de concreto
Que boa vida levaria.
Não te iludas sem saber
O motivo ou razão
O rosto podes tu ver
Mas nunca o coração
Muito fadista é feito
De grande desilusão.
O poeta e o fadista
Andam sempre de mãos dadas
Quantas vezes eles nascem
De tristes horas passadas.
O letrado ou escritor
Fala duque aprendeu
O poeta ou trovador
Duque do alto recebeu.
quarta-feira, 25 de agosto de 2021
DESFOLHADA
Recordar a desfolhada
É reviver a juventude
Onde tudo trabalhava
Com alegria e virtude.
OH quanta saudades sinto
Das noites da desfolhada
Aquelas lindas historias
Pelos os antigos contadas
Tinham imensa graça
Que eram muito apreciadas,
Essas tão belas historias
Contadas mesmo a primor
delas também se tirava
Grandes exemplos de amor.
E quando chegava a hora
De brindar toda agente
Lá vinha o figo passado
Com a pinga de aguardente.
Ao depois da brinda-dela
Lindas canções entoavam
E também havia aqueles
Que à desgarrada cantavam.
Que abençoado tempo
Que a trabalhar cantavam
E com muita alegria
Uns aos outros se ajudavam,
O povo era mais humilde
havia mais lealdade
Tudo quanto lhes sobravam
Com os outros partilham
Em gestos de caridade.
MULHER DO PICO
Lá vem ela apressada
Com a lanha à cabeça
preparar a comida
Para colocar na mesa.
Transportava agua e lanha
A sua massa fazia
Que azafama tamanha
Levava ela dia a dia.
Criava os seus filhinhos
Alegremente cantava
E também dos seus velhinhos
Era ela quem cuidava.
Uma boa dona de casa
boa esposa boa mãe
E se algo mais a perturbava
Não o cantava a ninguém.
SER MÂE
quinta-feira, 20 de maio de 2021
Em criança,,,
Em criança fui loirinha
A cor do cabelo mudou
Já fui loira fui castanha
Agora branca estou.
Quando na minha infância
Tudo à volta me sorria
Em todos tinha confiança,
Maldade não conhecia
E na minha mocidade
Tempo de luz e calor
Quando os corações palpitam
De alegria e amor.
Esse tempo de encanto
Para traz não mais voltou
minha vida no entanto
outro rumo ela tomou.
Criei filhos embalei netos
Que muito valem para mim
Com a chegada dos bisnetos
Reformei o meu jardim.
Tenho cravos tenho rosas
Tenho florinhas em botão
As pérolas mais preciosas
Que guardo no coração.
De tanto o tempo girar
Já me sinto combalida
Sem forças para enfrentar
Este Outono da vida.
quarta-feira, 27 de janeiro de 2021
UMA LAGRIMA DE ARREPENDIMENTO
Sou como aljofre
Vindo do per- fundo mar
A angustia de quem sofre
Ao Céu me fez voar.
Eu sou a estrela errante
Perdida na amplidão
Subi vim tão distante
Senhor pedir perdão.
To és a gota de orvalho
Ictéria cristalina
Que ao romper da manhã
Soltou alegre aurora
quem te manda aos umbrais
desta mansão Divina.
senhor a alma que chora!