sábado, 26 de fevereiro de 2011

A VELHICE



Há quem diga que é tão triste
A velhinha se chegar
Pois eu agradeço a Deus
Da vida me conservar.

 Gosto muito  de viver
Ver o dia amanhecer
Também o sol a raiar
Quando chega à tardinha
Parte p`ra Ilha vizinha
Para lá vai repousar.                                        

Que lindas as flores do campo
Que as admiro tanto
Vem o mundo embelezar
As aves com seus gorjeios
Vão soltando seus anseios
No seu leve esvoaçar.

As flores do meu jardim
Quando sorriem p´ra mim  
Com toda a sua pujança
Levam-me mesmo a crer
Que vale a pena viver
P´ra receber sua fragrância.

Quando chega ao fim do dia
A Deus e à Virgem Maria
Não deixo de agradecer
Os longos anos passado
Que me tem sido poupados
Pra tanta beleza ver.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

UM SONHO





Eu sonhei que viajava
Mesmo nas asas do vento
Passei pela Galileia
Percorri o firmamento.

Ao brincar com as estrelas
Que sensação que alegria
Avistei São José
Junto da virgem Maria.

Os anjinhos em coro
Entoavam novo hino
E sempre o ofertavam
Ao nosso Deus Divino.

Encontrei a lua cheia
Vinha alegre e risonha
Como é tão agradável
Quando com o Céu se sonha.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

ÁRVORE DA VIDA





                   Oh mãe ó árvore da vida 
                   Deste-me ninho e sombra
                   Por vezes incompreendida
                  Quando a vida de ti zomba

              Se tens um filho muito o amas
                              Se tendes dois os adoras
                 Por muitos filhos que tenhas
                A nenhum tu ignoras.

                 Se pudesses querida mãe
                 Até milagres farias
                 P `ra veres teus filhos bem
                 Multiplicavas teus dias.

                Uma fonte de carinho
                De meiguice e ternura
                Se aos teus filhos ofendem
                Tu acedes à loucura.

                                             

NA TABERNA



Eu entrei numa taberna
Para um bocado passar
Conversar com os amigos
Também as cartas jogar

Estavam tão animados
Muito falavam e riam
E também deves enquanto
A sua pinga bebiam.

Um amigo se aproximou
Com uma bebida fina
E logo desafiou
Vai lá, toma esta pinga.

Para dizer a verdade
Do bom paladar gostei
Por capricho ou por vaidade
Outra pinga eu tomei.

Quando sai da taberna
Embriagado estava
Ao olhar para a parede
Toda ela se deitava.   

Para até casa  chegar
Passei um grande tormento
Parecia que à roda
Andava comigo o vento.

E quando  me deitei na cama
Acreditem, podem crer,
A desgraçada da cama
Desatou logo a correr.

Por tudo quanto passei
Eu fiquei envergonhado
Com taberna e amigo
Há que ter muito cuidado.  

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SABER



O saber é uma coisa
Muito bela e importante,
Por isso eu admiro
A vida do estudante.

Se soubesse... mas não sei~
(E como saber eu queria?!)
Faria o que não farei
 E feliz me sentiria.

 É muito bom aprender
 Como também ensinar
 Oh! Como é bom saber
 E não ocupa lugar.

Há sempre quem não consiga 
                                  A prender o que deseja;
A uns a sorte lhes falha
                                  A outros ela sobeja. 

CANTIGAS AO DESAFIU





                  Sai do teu ninho, meu bem,
                  Vem comigo conversar;
                   Deixa lá a tua mãe
                   Em seu sossego ficar.

                   Como vai a minha mãe
                   Poder ficar sossegada  
                  Sabendo que a filha anda
                  Co` um tipo de vida eirada.

                    Eu não sou da vida eirada,
                    Sou rapaz sério e honesto,
                   Honro minha mãe e pai
                   Tenho orgulho quanto ao resto.

                   Quem pode-se acreditar,
                    No que tens p`ra me dizer
                    Tenho ouvido falar
                    Que a muitas fases sofrer.     

                   Deixa lá falar quem fala,
                   Cada qual diz o que quer,
                   Com inveja e calunia
                   Se desilude a mulher.

                   Nas tuas palavras loucas
                   Não quero a  credita,
                    Pois não sou melhor que  outras
                    De  quem andas a zombar.
                   
                    Anda mulher duvidosa,
                    Nos meus braços vem cair
                    Eu estou tão ansioso
                    P`ra compromisso assumir.

                   Se assumes compromisso
                   Tudo muda de figura
                   Amor do meu coração
                   Tu és a minha loucura.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O VELHINHO



De cabelo branco,
Rosto enrugado,
Olhar sem brilho,
    E o passo cansado.

No seu caminhar
Arrasta o cansaço
Duma vida inteira
Sem tempo nem espaço.

Pensa nos seus filhos
E também nos netos
Que encheu de carinhos,
Ternura e afectos…

 Não há mais esperança
 No seu caminhar
Do velho o destino
                           Acaba num lar.

SONHANDO



Eu sonhei ser um génio com talento
Ter domínio sobre a felicidade…                           
 Mas não passou de sonho solto  vento
Que sucumbiu na realidade.

Não sei se foi a sorte ou destino
Que me não deixaram realizar
Na vida tantos sonhos peregrinos
Com os quais nunca deixei de sonhar.

Aquele que não consegue o que deseja
E vive com isso no pensamento,
Por mais sensato e forte que seja
Acaba por cair em desalento.

Do mesmo modo é o amor proibido
Que nos faz corroer o coração
Mesmo sincero é incompreendido
E não encontra nunca solução.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

TRANÇAS PRETAS



       Tranças pretas 


Menina das tranças pretas
Mais pecado Não cometas
Com teu modo e sedução,
Essa tua cinturinha
Delicada bem feitinha 
É a minha sedução.

Sairemos para o mar
Em noite de lua cheia
Teus beijos saborear
Ouvindo a vós da sereia,

Pelas ondas embalados,
De amor inebriados,
Menina das tranças pretas

Navegaremos sem rota
Seguindo o voo da gaivota.
A esteira das borboletas.