sábado, 18 de abril de 2015


        HÁ QUEM DIGA



Há quem diga que é tão triste 
A velhinha se chegar
Pois eu agradeço a Deus 
Da vida me conservar.
Gosto muito de viver
Ver o dia amanhecer
Também o sol a raiar 
Quando chega à tardinha
Parte prá Ilha vizinha
Pare lá vai repousar .

Que lindas as flores do campo
Que as admiro tanto
Vem o mundo embelezar
As aves com seus anseios
Vão soltando os seus grogeios
No seu leve esvoaçar
E as flores do meu jardim
Quando sorriem para mim
Com toda a sua pujança
Levam-me mesmo a crer
Que vale a pena viver
Pra receber sua fragrância,
Quando chega ao fim do dia
A Deus e à Virgem Maria
Não canso de agradecer
Os muitos anos passados
Que me tem sido poupados
Pra tanta beleza ver.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

RECORDANDO O PASSADO.

Longos anos já passados
Meus cabelos branqueados
O meu rosto enrugado
Meus passos diminuídos
No coração e na mente
Trago ainda bem presente
O povo de antigamente
Doutros tempos já vividos
tempos que o povo não tinha
Avida facilitada
Desde manhã ao sol por
Tralhavam com ardor
Puxando pela enxada .

Este povo lutador
Humildemente vivia
Em Deu ele confiava
Também sorria cantava
Mostrando ter alegria
Era muito persistente
Alegre e resignado
Mesmo que custe a crer
Conseguiu sobreviver
Sem subsidio do Estado.

O que mais me penaliza
Ao recordar outros tempos
Este povo tão sofrido
Que nos era muito querido
Não terem usufruído
Do conforto que nós temos.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

UM DESEJO...



Eu desejava mais ter 
Para a outros ajudar
No meu humilde viver
Sempre tive que trabalhar.

A pouco e pouco lutando
O pão da vida ganhei
Graças a Deus vou dando
Plo pouco que amealhei.

No conforto do meu quarto
Ignorar não consigo
Os Senhores do mundo farto
E os pobres sem abrigo.

Por eles a Deus peço
E pedirei sem cessar
Para que os sem abrigo
Cada qual consiga um lar.

Se é triste pobre ser
E em tudo ter que poupar
Muito mais triste é não ter
Onde a cabeça reclinar.

NO ENTARDECER DA VIDA...




No entardecer da vida
Toda a cor se desvanece
Alua menos brilha
O sol menos aquece.

As estrelas cintilantes
De nós se vão afastando
E o seu bonito brilho
Assim o vão ocultando.

As flores do meu jardim
Já não tem o mesmo aroma
As árvores do meu quintal
Diminuíram a sombra.

Só no meu peito avança
Esta enorme saudade
Do tempo da minha infância
E da minha mocidade.

Tempo que passou ligeiro
Na mente ficou gravado
No entardecer da vida
Ele é muito relembrado.