domingo, 22 de maio de 2011

HEROI DO POVO...















Um filho da nossa terra
não deve ser esquecido                                            o Gilberto Mariano
do povo muito querido.

Ricos e pobres serviu,
não fazendo distinção;
era um homem honesto
e de grande coração.

Não tinha muito dinheiro ,
pouca abundância na mesa
era na alma que tinha
a sua maior riqueza.

Foi lhe merecida uma estátua
que lembrasse no presente
esse bom homem do Pico
cepa sã da nossa gente.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

TRAJO TÍPICO.














Este é o trajo típico
desse bom povo do Pico
em tempos que já lá vão:
as pessoas bem trajadas
e no trajo recatadas
como era de tradição.

O povo de antigamente
orava frequentemente
e em Deus acreditava;
era Deus o pai eterno
que criou Céu e Inferno
premiava e castigava...

Nesse tempo andar despido
 não lhes era permitido
porque isso a Deus ofendia,
cumpria-se o mandamento,
tendo Deus no pensamento
vivia-se em alegria

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Maroiços...












Nesta fronteira do Pico
o solo nunca foi rico
para nele semear,
por ser escasso o terreno
foi-se a pedra revolvendo
p`ra do pó a separar.

Pedras leves e pesadas
à cabeça transportadas
p`ra locais apropriados...
com trabalhos e esforços
se fizeram os maroiços
que hoje são apreciados.

Digo cá por meu intento:
é um rico monumento
um maroiço preservado,
cada qual uma relíquia.
testemunha de fadiga
dessa gente do passado!

Trabalhando ao relento
num ritmo árduo e lento
o picaroto esforçado
foi assim que conseguiu
ganhar terrenos que abriu
p`ra manejar o arado.

Esse bom povo antigo,
com muito orgulho digo,
persistente e resignado,
 muito de pique cavou
e suas mãos calejou
na rabiça do arado.

Nesse tempo mais que inserto
o bom povo analfabeto
usava imaginação
e para sobreviver
conseguiu até fazer
d`entras pedras brotar pão

quinta-feira, 5 de maio de 2011

SOU DO TEMPO EM QUE...

Ainda sou desse tempo
que em tudo se poupava
para a mistura da massa
a batata se raspava.

com a iscasses do petróleo
para a candeia acender
quantas vezes se deitavam
antes de anoitecer.

Uma quarta de açúcar
que se chegava a comprar
numa casa de família
o seu café temperar.

Um pouquinho de sabão
prá roupa poder lavar
essas mulheres de então
muito tinham que a esfregar.

Nesse tempo tão escasso
que  vida dificultada
era grande o cansaço
para adquirir quase  nada.

Um ramalhete de funcho
fazia sopa saborosa
uma batata assada
era tão deliciosa.

até mesmo o bugango
que era sustento do gado
 numa sopa  de feijão
era muito apreciado.

Com pouco se contentavam
por melhor não haver
mas sorriam e cantavam
felizes pareciam ser.

Quando hoje se barafusta
que está mau para viver
eu só digo Deus do céu
que estará prá acontecer.