sexta-feira, 8 de abril de 2011

lares antigos 2

A mesa onde comiam
não era envernizada
de branca ela luzia
De tanta vez ser lavada.












Eram compridos os bancos
ao longo da mesa postos
sentados neles ficavam
sempre todos bem dispostos.

E na loiça da figueira
Caldo quente fumegava
Junta a família à ceia 
Sua fome saciava.

as casas eram modestas
e pouco ornamentadas
mas, com flores pelas festas
ficavam bem perfumadas.

Uma barra uma mesinha
prá candeia colocar
o arquibânque ou baú

prá roupa dentro guardar.

De ferro um lava-mos
a bacia segurava,
nela o rosto e as mãos
toda a gente bem lavava.

E no quarto do casal
sempre um berço havia
onde o filho pequenino
embalado adormecia.

E com a casca do milho
já depois de desfolhada,
se enchia o colchão
que bem fofinho ficava.

quando chegava o Verão
os colchões eram  lavados
postos no carros de bois
para acosta eram levados.

E, na agua da maré,
 a casca  era lavada ,
a secar ali ao   pé,
sobre as pedras branqueada .

Era uma grande folia
para os colchões ir lavar,
passava-se todo o dia
com prazer à beira-mar.






                                           






                         
              

 Com manta do  tear
 ficava a cama abafada
também a manta de trapos 
era por muitos usada.

Às vezes fico pensando,
custa-me a compreender
como tempo ia sobrando 
pra  tanta coisa fazer.

unindo folhas de a drago
grossas tranças se fazia,
com agulheta e barbante
o capacho se cosia.


Posto à porta d` entrada
para os pés nele limpar,
só assim se evitava
da casa muito sujar.

Não se usava alcatifa
 nem soalho envernizado
para se limpar o chão
com escova era esfregado

Nessas casas antigas
pouca mobília havia
mas nelas as criancinhas
brincavam com alegria.


Com tanta dificuldade
que nesse tempo havia
os velhos e a mocidade
viviam em harmonia. 
                                                                           

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