domingo, 31 de março de 2019

PÁSSARO AMARELO


Mocinha da Aldeia

Humilde e engraçada

Há sua janela

Muito concentrada

Afinando as cordas

Da sua guitarra.


Um moço a conquistou

Com um sorriso belo

Ela lhe chamou

Pássaro amarelo


Ele a convidou

Para ir passear

Ela não hesitou

Por vales e montes

O acompanhou.


O sol a raiar

A brisa ligeira

Que bonito dia

Há sua beira

Tudo lhes sorria.


As flores do campo

Amora silvestre

Ele a comparando

A  flor do cipreste.


Com a guitarra

Que consigo levou

Linda melodia

Para ele tocou.


Com a melodia

Ficou emocionado

E lhe prometia

Ficar a seu lado.


Que horas felizes

Grandes ilusões

Agitados batiam

Os seus corações


O sol poente

Ao despedir-se

diminui a chama

Diz ele tenho que ir

O dever me chama.


Com suas promessas

A fez a creditar

Que muito em breve

Iria voltar.


O tempo passou

sem ele regressar

A mocinha triste

Pôs-se a reclamar.


O tempo passou

To não regressaste

Pássaro amarelo

Para onde voaste?


Senti saudades

Desse sorriso belo

Porque não voltaste

Pássaro amarelo?

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